domingo, 22 de agosto de 2021
terça-feira, 17 de agosto de 2021
DESPEJOS DA MENTE
ABRAMOS ESTE LIVRO.
É conceitual, exsudando um pouco as dimensões de intersubjetividade que vão além da escrita e formatos das poesias naturalmente. Talvez desconfortável antes de pegar o jeito e girar a chave abrindo os dois hemisférios do livro/cabeça. não estranhe se ao segurar o livro parecer fulcral, remeter a postura do Hamlet, pois este livro joga com suas dimensões físicas livrescas não apenas seu conteúdo.
Um pouco minimalista, metapoético, metalivro. Tem como pilastras três elementos num só fisicamente: livro-crânio-cérebro, ou seja, três suportes, formas de registro. Ele parte dessa atmosfera material e adentra num subuniverso, subexpandido dentro de suas próprias conotações, entra na criação de conceitos e significados, palavras que se pôde extrair. Ainda sobre essa conjuntura criou-se jogos e detalhes com a intenção de distrair, inserir ou expelir o leitor, não deixando nada solto, todo o livro foi preenchido, tudo tem um motivo.
O autor está contido nele através de dados como altura, peso, nome, datas... tudo transformado em medidas artesanais e métricas poéticas a busca por números introduzidos na estrutura dos poemas, nos espaçamentos, na narrativa, símbolos da identidade do poeta. Ele é o próprio livro-cabeça e o não-livro-mente ou vice-versa. Ao avesso. Oposto de suas ideias e criatividade. Personagem que se levanta. Caminha sobre os dois hemisférios. Será necessário encontrar o autor para desvendar segredos e detalhes? É uma obra que convida para sentar e discutir numa mesa com o autor, nem que seja para testar-lhe a paciência.
Acompanhem, curtam sigam e compartilhem as intervenções artísticas do autor.
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