a fenda no muro digital,
os olhos artificiais
a eternidade programada
interpretação da realidade
a câmara da provisoriedade
reguladores do sono, do apetite,
da temperatura corporal,
aqui a seleção programada.
cidadania virtual,
moradia zero,
ausência da gravidade.
mundo virtual,
não há pedras no caminho
apenas o infinitamente
a perplexidade imbricada
do a cada novo caminho
empilhamento de vias.
sem a metamorfose
dos seres transferidos
sob o novo regimento
apenas a metamorfose
de espaços e objetos
e sua simultaneidade.
seres símbolos, seres códigos,
linguagens que se diluem
em múltiplas velocidades.
universo que não nos ouve,
carrega uma vigilância
ininterrupta acumulativa.
Sociedade sem vazio,
transparência e contraste
com modelo do todo
protegido por modelos
que se distanciam
da realidade submersa.
identidades transferíveis
nunca preservadas escalam
a inconstância para novas espécies.
(Jimmy Marcone)
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(Jimmy Marcone)
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